13 de junho de 2012

Bateu um desespero.Um aperto no peito, uma vontade imensa e uma solidão indiscreta.Desde que as coisas ruins começaram a se adaptarem, houve a perda da sensibilidade, da esperança e da saudade.Não há mais saudades, lembranças, nem sequer amores interrompidos.Agora só se trata de abismos, nada e mais nadas...Entre a dor e o nada, qual você prefere?Não sei.Mas o nada dói. Nos textos não há mais palavras, só espaços, letras do alfabeto, mal colocadas.Uma confusão intensa, uma insegurança amarga.Não há pra quem recorrer, nem pra quem avisar.Não há abraços, nem ligações emocionais.É tudo de uma efemeridade nojenta.São medos, doidos pra serem enfrentados, mas sem nem sequer chance disso. Horizontes e caminhos, paisagens, mares, todos, tudo, isolado, sem ocupação, sem envolvimento, sem vida...Dói alternadamente, bate na porta e ás vezes arromba, tornando o pouco da ilusão do bom em realidade torturante.Não há ouvidos ou sossegamentos que adiantem.É você, contra você mesma.É a procura por algo que não se sabe, ou por algo que não se ache...É ir atrás e permanecer intacta, é inércia, é dor e mais um pouco de dor...É fazer tudo, e ter a sensação de que não se fez nada, é tentar pular e ser presa numa camisa força interna, que te faz lembrar constantemente, que não depende apenas de você....
Bárbara Cristina
Aperto no peito, Angustia, É assim que me sinto hoje, Agora, Recentemente.
O sentimento de prisão vai e volta, a vontade de arrancar mascara por mascara desses hipócritas, á vontade de jogar tudo pro alto e assim apostar no novo, no desconhecido.
Não ter mais ninguém pra escutar, ninguém para entender, para me julgar.
Sentimento de que perco á cada segundo dessa grande mentira, a oportunidade de ser feliz de verdade.
Sinto-me presa, Sinto-me escondida, Não me sinto eu mesma, E eu só queria poder fazer minhas próprias escolhas, Viver minha vida, Tirar a mascara, E mostrar quem realmente sou.


Gi.Vieira
E eu aperto meu peito forte. Na esperança de que nada saia do lugar.

Mesmo que dentro de mim tudo já esteja fora. Enquanto mergulho na minha psicose.

Queria gritar, mas no fundo é só esse medo que fala mais alto.



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